Ela pertencia à nobreza
Mas a tudo contrariava
E ninguém imaginava
Que faria tal proeza
Vou agora lhes contar
O que foi que aconteceu
Pelo amor de um plebeu
Ela chorou um mar
Era uma nobre donzela
Que fugia do destino
Correndo em desatino
Passou numa viela
Trombou e caiu
Olhou, mas não viu
Levantou e ouviu
Agradeceu e sorriu
Meio aturdida, ela correu
Escondida, parou e pensou
"Para onde eu vou?"
Viu aqueles olhos e remoeu
"Quem seria aquele homem?
Por que fiquei nervosa?
O que me deixou ansiosa?
Aqueles olhos não somem..."
Dias depois se encontraram
Ele a olhou profundamente
Ela reagiu ardentemente
E eles se beijaram...
Durante longa conversa
"Isso não poderia acontecer!"
"Vamos fugir e desaparecer!"
E a alegria de dispersa...
Ela está para se casar
Casamento arranjado
Pelo dinheiro abençoado
Não iria perdurar
Um duelo foi marcado
Amor versus dinheiro
Artesão versus guerreiro
Ferreiro versus fidalgo
Apesar da sua agilidade
Como era de se esperar
O ferreiro cai a sangrar
E deu-se a fatalidade
Trocam o último carinho
Um beijo na testa dela
E desaba a donzela
E se desfaz o caminho
O desespero se agiganta
Ela precisa do ferreiro
No desafio derradeiro
Uma bruxa a encanta
"Agora vocês estão selados.
O destino de vocês está unido.
Após ouvir um zumbido,
Renascerão entrelaçados!"
A donzela executou o rito...
Dessa vez não conseguiram
E os dois partiram
Atravessando o portão do infinito
quinta-feira, 11 de julho de 2013
quarta-feira, 2 de maio de 2012
A Menina Dos Meus Olhos
Sempre rezo pra te ver
Anseio tua presença
Essa é minha sentença:
Estar perto e não te ter
Vives escondida
Longe do meu olhar
Me toturando devagar
Não tenho outra saída:
Vou, da minha maloca
Gritar toda a verdade
Em ti, o que me provoca
Não é nossa afinidade
O que me rejubila
É só a tua axila
Anseio tua presença
Essa é minha sentença:
Estar perto e não te ter
Vives escondida
Longe do meu olhar
Me toturando devagar
Não tenho outra saída:
Vou, da minha maloca
Gritar toda a verdade
Em ti, o que me provoca
Não é nossa afinidade
O que me rejubila
É só a tua axila
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Senhor De Mim
"O futuro a Deus pertence"
"Tudo está escrito"
Em nada disso eu acredito
Não é algo em que eu pense
Eu sigo o meu caminho
Não sou uma marionete
O destino me remete
Um breve desalinho
Eu faço o que quero
E não leio, com esmero
Meu destino num caderno
Eu divago a esmo
Sou o senhor de mim mesmo
Sou o Deus que me governo
"Tudo está escrito"
Em nada disso eu acredito
Não é algo em que eu pense
Eu sigo o meu caminho
Não sou uma marionete
O destino me remete
Um breve desalinho
Eu faço o que quero
E não leio, com esmero
Meu destino num caderno
Eu divago a esmo
Sou o senhor de mim mesmo
Sou o Deus que me governo
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Garçom! Me Vê Uma Dose De Arlequim
Não te tenho por perto
Quero poder te beijar
Em meus braços, te apertar
O amor é tão incerto
Sei que te tenho no coração
Mas nem sempre isso basta
Isso tudo me desgasta
Não quero só uma canção
Quero noites sem fim!
Quero todo teu amor
Não quero só um Pierrot
Quero doses de Arlequim
Pra acalmar essa menina
A toda tua Colombina
Quero poder te beijar
Em meus braços, te apertar
O amor é tão incerto
Sei que te tenho no coração
Mas nem sempre isso basta
Isso tudo me desgasta
Não quero só uma canção
Quero noites sem fim!
Quero todo teu amor
Não quero só um Pierrot
Quero doses de Arlequim
Pra acalmar essa menina
A toda tua Colombina
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Au Revoir
Ton amour me réchauffe pas
Je suis juste une ombre
La marche dans la pénombre
De la vie, disculpa
Oublié du monde
Perdu dans le caniveau
Seulement un baliveau
Un arlequin immonde
Sans mon cœur
Je veux meurs lentement
dans votre sort enchantement
Je croyais être le vainqueur
Je suis juste une ombre
La marche dans la pénombre
De la vie, disculpa
Oublié du monde
Perdu dans le caniveau
Seulement un baliveau
Un arlequin immonde
Sans mon cœur
Je veux meurs lentement
dans votre sort enchantement
Je croyais être le vainqueur
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Só quero que saibas
Nada foi em vão
Nem os choros
Nem os agouros
Nenhum verão
Nem as brigas
Nem os beijos
Nem os desejos
Que me instigas
Nem as astúcias
Nem as proezas
Nem as incertezas
Nem as angústias
Nada foi em vão
Nem os abraços
Nem os percalços
Nem meu sim e teu não
Só quero que saibas
Que você sou eu
Que meu amor é teu
Mesmo que não me caibas
Que minhas mãos
Sempre vão te buscar
Para te endeusar
Em meus braços pagãos
Não quero o teu perdão
Só quero te dizer
Que és meu bem-querer
E que nada foi em vão
Nem os choros
Nem os agouros
Nenhum verão
Nem as brigas
Nem os beijos
Nem os desejos
Que me instigas
Nem as astúcias
Nem as proezas
Nem as incertezas
Nem as angústias
Nada foi em vão
Nem os abraços
Nem os percalços
Nem meu sim e teu não
Só quero que saibas
Que você sou eu
Que meu amor é teu
Mesmo que não me caibas
Que minhas mãos
Sempre vão te buscar
Para te endeusar
Em meus braços pagãos
Não quero o teu perdão
Só quero te dizer
Que és meu bem-querer
E que nada foi em vão
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Soneto Aos Amantes
Você me faz querer viver
E o que é nosso está guardado
Dentro de nós, bem trancado
À sete chaves, para sobreviver
Mãos seguindo as borboletas
Lábios se mordendo em paixão
O tempo, morto, num caixão
Percorrendo nossas sarjetas
Pernas se confundindo
Novos caminhos se formam
Nosso ar se esvaindo
As faces se transformam
Se contorcem em prazer
Para findar e renascer
E o que é nosso está guardado
Dentro de nós, bem trancado
À sete chaves, para sobreviver
Mãos seguindo as borboletas
Lábios se mordendo em paixão
O tempo, morto, num caixão
Percorrendo nossas sarjetas
Pernas se confundindo
Novos caminhos se formam
Nosso ar se esvaindo
As faces se transformam
Se contorcem em prazer
Para findar e renascer
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Acomodado
Se sangra meu coração
Ou a morte vem me beijar
Eu nem perco o meu ar
Pois eu sou um simples vão
Não tenho paixão nem razão
Não ligo se me maldizem,
Desvalorizem ou escravizem
Pois eu sou um simples vão
Não quero saber do mundo
Pois sou um mero vagabundo
Alheio às brigas e ao sermão
Me aquieto em qualquer lugar
Parado, vejo o tempo passar
Pois eu sou um simples vão
Ou a morte vem me beijar
Eu nem perco o meu ar
Pois eu sou um simples vão
Não tenho paixão nem razão
Não ligo se me maldizem,
Desvalorizem ou escravizem
Pois eu sou um simples vão
Não quero saber do mundo
Pois sou um mero vagabundo
Alheio às brigas e ao sermão
Me aquieto em qualquer lugar
Parado, vejo o tempo passar
Pois eu sou um simples vão
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Me Consome
Já pensei de tudo um pouco
Em esquecer de te amar
Em ir embora, me refugiar
Até pensei que estava louco
Tentei abandonar o mundo
Me afogar no meu choro
Viver a base de soro
Como um pobre moribundo
Mas isso eu não consigo
Pois é tudo tão maior
E grande é nosso castigo
Na eternidade fica pior
Amor que nunca some
Volta e me consome!
Em esquecer de te amar
Em ir embora, me refugiar
Até pensei que estava louco
Tentei abandonar o mundo
Me afogar no meu choro
Viver a base de soro
Como um pobre moribundo
Mas isso eu não consigo
Pois é tudo tão maior
E grande é nosso castigo
Na eternidade fica pior
Amor que nunca some
Volta e me consome!
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Eu Preciso De Você
Eu preciso de você
Como um bolo precisa de areia
Como uma mosca precisa da teia
Ou um doutor, d'um livro de ABC
Eu preciso do teu amor
Como um faquir precisa de comida
Como um diabético, de uma ferida
Ou das vaias, precisa o cantor
Eu preciso te ter!
Como um morcego precisa do sol
Como o peixe precisa do anzol
Ou um anoréxico, de emagrecer
Eu pereciso da tua presença
Como da miséria, os plebeus
Como um ateu anseia por dEUS
Ou melhores amigos, de uma desavença
Por favor, não vá embora!
Preciso terminar esse poema
Ou vai me deixar com problema
Meu contrato ainda vigora!
Como um bolo precisa de areia
Como uma mosca precisa da teia
Ou um doutor, d'um livro de ABC
Eu preciso do teu amor
Como um faquir precisa de comida
Como um diabético, de uma ferida
Ou das vaias, precisa o cantor
Eu preciso te ter!
Como um morcego precisa do sol
Como o peixe precisa do anzol
Ou um anoréxico, de emagrecer
Eu pereciso da tua presença
Como da miséria, os plebeus
Como um ateu anseia por dEUS
Ou melhores amigos, de uma desavença
Por favor, não vá embora!
Preciso terminar esse poema
Ou vai me deixar com problema
Meu contrato ainda vigora!
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